sábado, 3 de abril de 2010

II

Está escrito nas nossas linhas e feiçoes que nao podemos suportar mais ideias sem nexo, nao podemos ter mais fantasmas no bau ou trancados no sotão á espera de um pesadelo para sairem cá para fora. Esses fantasmas irão reencontrar-nos quase como que a sombra descobre quem a faz e sao fortes, muito mais fortes do que nós, as pessoas que os têm, pensamos. Não serve de nada agarrar em todas imagens boas atirar com cada fragmento de cada uma, essas imagens irão perseguir os nossos passos , devorar as nossas palavras e saborear as nossas ideias. vao repelir-nos do que sentimos. as experiencias vao ser mais frustrantes e tornam-se escuras, neutras, num impasse que cativa os erros. Tendemos a direccionar-mo-nos para o que nao temos. descobrimos partes de no´s qe antes nao estavam iluminadas. somos um puzzle, cada pessoa terá a sua peça, e vai jogar como quiser. os momentos deixarão saudades do que antes foi, e nao volta a ser. tem apenas um sentido: aquele que quisermos dar, exteriorizando os receios e choros. Não posso desejar uma coisa real e concreta quando tudo o que tenho são ilusões, alusões a contos de fadas e historias de encantar: pseudo-perfeitas em que a verdade dita absoluta não passava dum atributo dado pela camuflagem que cada um faz de si e leva à camuflagem de todo um mundo que afinal nao é tao perfeito assim. As coisas reais sao as que mais afugentamos, sao as mais duras, sao aquelas que podiam perfeitamente partirnos aos bocados e quebrar ate o maior ego. sao as pessoas que transformam a fantasias em pesadelos que nos roubam a realidade, sao essas pessoas que deviam ficar fechadas no nosso sotão.

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