sexta-feira, 14 de maio de 2010

sps

Só quero que saibas que preciso de ti sempre, que o que nós tivemos foi único, que os momentos bons foram muito bons mas os maus ... os maus também foram muito maus. Somos para sempre, independentemente do que irá acontecer no futuro, nenhuma acção futura poderá apagar ou destruir o que já aconteceu. Hoje eu precisava de ti como num dos dias nossas dias normais. hoje eu era capaz de adormecer com a minha cabeça no teu peito enquanto escutava o bater do teu coração. Hoje eu esquecia tudo e corria para ti, abraçava-te com muita força e deixava-me levar, hoje eu esquecia todos os maus bocados e os medos ... hoje eu apagava os medos. Hoje eu dava tudo para voltar atrás no tempo. Mas uma vida não é feita do dia de hoje, não é feita de possibilidades, é feita de escolhas e de decisões e essas já foram escolhidas e decididas há muito tempo por ti. O teu coração foi o único que já ouvi bater e não quero mudar isso nunca, quero que continue sempre a ser o teu, não quero apagar os momentos em que o mundo parava de girar para me deixar ouvir o teu coração, os momentos em que o barulho do mundo aos gritos fazia uma pausa e deixava, apenas, que o momento fosse nosso e os nossos corações batessem em uníssono. Eu sei que nunca vou escutar nenhum coração nem ninguém como escutei o teu e a ti, a tua voz fazia eco na minha cabeça mas preenchia-me o coração de uma forma que impossível de descrever. Hoje eu sou capaz de te dizer que aconteça o que acontecer tu serás sempre meu e eu sempre tua, para sempre mesmo que de maneira diferente. Lembra-te da promessa, se não casarmos o meu primeiro filho terá o teu nome e a tua primeira filha o meu nome. Nunca me tires as boas memórias, nunca me tires a sensação de ter tido o impossível. Tive o mundo na minha mão e nunca tive consciência do que era o mundo, do nosso mundo. Nunca te quero perder.

sábado, 10 de abril de 2010

controverso

é controverso. se nao tivesses importancia iria ignorar-te e nao encontraria em ti toda a inspiração que encontro, és tu o que molda as minhas palavras, és tu quem traça com um lápis imaginário os limites da minha criatividade e és tu quem nao serve para nada. apenas para isto, e falando assim parece que isto é pouco mas é muito. "isto" é ainda o que me faz escrever. a minha escrita é uma escrita de restos. eu preciso de escrever, preciso por mim, para sentir que ainda tenho qualquer coisa cá dentro mas torna-se tudo tao absurdo e controverso quando estou no meio da rua e me surge uma ideia que repito até casa e no momento em que me disponho a escrever desaparece, e depois surge o desejo de escrever de escrever qualquer coisa apenas para matar esta sede. ainda me estou a habituar a escrever sobre outros assuntos. mas tu és sempre a minha ultima fonte de inspiração, é ainda em ti que encontro muito material. É tao triste ter imensas ideias e nao as conseguir passar para o papel, sinto-me inutil quando chego a casa com uma mão cheia de ideias e um coraçao vazio para as transportar para palavras. É preciso ter mais do que ideias para as palavras que escrevemos terem sentido e eu ja perdi a conta ás coisas que, depois de escrever, re-li e pensei que há muito tempo que o sentido deixou de fazer parte da minha vida. o pior ainda é o sentido restar apenas em ti. agora sinto me vazia, fútil, fria, ... eu tenho completa noção de que tu entraste em mim muito antes de eu poder notar, desvaneceste-te algures entre um tempo e outros mas muito muito antes de eu dar conta. Tu não és mais do que eu com um coração cheio e sem medo de errar, de perdoar, de dar, de partilhar, de sofrer, de acabar magoada, de acreditar em ideias sem nexo mas estás tão longe que te encaro como outra pessoa. Ou talvez seja até a ideia de que se admitar que tu estás dentro de mim me traga para mais perto da realidade que tanto adio.

sábado, 3 de abril de 2010

II

Está escrito nas nossas linhas e feiçoes que nao podemos suportar mais ideias sem nexo, nao podemos ter mais fantasmas no bau ou trancados no sotão á espera de um pesadelo para sairem cá para fora. Esses fantasmas irão reencontrar-nos quase como que a sombra descobre quem a faz e sao fortes, muito mais fortes do que nós, as pessoas que os têm, pensamos. Não serve de nada agarrar em todas imagens boas atirar com cada fragmento de cada uma, essas imagens irão perseguir os nossos passos , devorar as nossas palavras e saborear as nossas ideias. vao repelir-nos do que sentimos. as experiencias vao ser mais frustrantes e tornam-se escuras, neutras, num impasse que cativa os erros. Tendemos a direccionar-mo-nos para o que nao temos. descobrimos partes de no´s qe antes nao estavam iluminadas. somos um puzzle, cada pessoa terá a sua peça, e vai jogar como quiser. os momentos deixarão saudades do que antes foi, e nao volta a ser. tem apenas um sentido: aquele que quisermos dar, exteriorizando os receios e choros. Não posso desejar uma coisa real e concreta quando tudo o que tenho são ilusões, alusões a contos de fadas e historias de encantar: pseudo-perfeitas em que a verdade dita absoluta não passava dum atributo dado pela camuflagem que cada um faz de si e leva à camuflagem de todo um mundo que afinal nao é tao perfeito assim. As coisas reais sao as que mais afugentamos, sao as mais duras, sao aquelas que podiam perfeitamente partirnos aos bocados e quebrar ate o maior ego. sao as pessoas que transformam a fantasias em pesadelos que nos roubam a realidade, sao essas pessoas que deviam ficar fechadas no nosso sotão.

terça-feira, 2 de março de 2010

A estação


Passo tempos e tempos sem horas nem tempo, nem mundo, nem sons nem faces. Tempo que passa e não passa por dentro, não marca. Tempo que faz crescer rugas na cara e torna impremiável todos os olhos choroes que se mascaram de rios de saudades. Os tempos não é o tempo. O tempo passa ao bater do relógio, cada segundo compassado pelos ponteiros. Ao menos esses não estão sós. O tempo passa com o relógio, com os ponteiros, com o bater de um coração indiferente ao tempo. Os tempos não passam, ficam, ajudam, desajudam, marcam historias e relembram-nas e não as fazem velhas. Se estou num comboio não vejo as paragens e mesmo assim saiu e reviro o mundo á procura duma paragem em que o reencontro comigo seja garantido. É difícil. O tempo não pára e os tempos pedem mais, oiço-os gritando pedindo auxilio para que apareça alguém que salve as historias que ainda estão para serem contadas do puro esquecimento. Essas historias estão na gaveta, pediram me para que as guardasse enquanto não eu não aparecer, eu própria tomarei conta delas. eu própria só as tirarei da gaveta quando me encontrar numa dessas paragens sem localização precisa, porque sei que quando isso acontecer serei capaz de viver cada historia com a eloquência e magnificiencia que cada uma delas precisa para parar o tempo e marcar os tempos.

domingo, 17 de janeiro de 2010

ultimo suspiro

Alguem nós devia avisar do fim, precaver-nos. Não é justo. Não é justo não sabermos quando é o fim, nao é justo nao termos a certeza do destino. Alguém nos devia avisar que era a ultima vez, alguem nos devia ensinar a aprender, ensinar-nos a escolher, a tomar sempre a decisao certa sem receios, alguem nos devia ensinar a amar o mar, o sol, um abraço e até a chuva num dia triste. Alguém nos devia ensinar a viver e a dar importancia a coisas pequeninas. E quando esse alguem aparece, alguém nos devia avisar antes do ultimo momento chegar. Devia-nos ser enviada uma mensagem a dizer "aproveita, o ultimo momento é agora" e ai sim seriamos capazes de aproveitar, de vive-lo em câmara lenta, absorvendo tudo, guardando tudo na caixinha das memorias debaixo da cama. Ninguém tem o direito de nos tirar o nosso tapete voador, pelo contrario toda a gente tem o direito de nos avisar que alguém o vai tirar. Será possivel recordar melhor qlqr momento sabendo que sera o ultimo? Se alguem me tivesse tido que o ultimo momento estaria á nossa esoera eu teria agradecido tanto ... Teria guardado cada respiração ofegante, cada toque e cada sensação na palma da minha mão e teria cerrado os punhos com uma força imensa para mais tarde debruçar-me sobre o mar, e olhando para o por do sol soltaria todas as respirações ofegantes, cada toque e cada sensação.

sábado, 26 de dezembro de 2009

a carta que eu queria que me escrevesses

Tenho a certeza que se eu tivesse ficado sempre com ela, se eu a tivesse apoiado sempre e nunca a deixado sozinha estaríamos juntos. Reflicto. Foram muitas, foram demasiadas as vezes que te deixei de dar a mão para acender um cigarro. Foram demais as vezes que te deixei sozinha, desamparada por não compreender as tuas ideias. Continuo. Eu vejo-a. Vejo-a em cada rapariga que eu beijo, vejo-a em cada sorriso que vejo nos outros. Fecho os olhos mas vejo-a, vejo-a e ela já não espera por mim com o mesmo olhar terno e o calor no peito. Sofro. Os braços dela já nao sao os meus. Perdi o que eu tinha de mais valioso. Perdi o meu tesouro. Agora penso, sinto, nao faço nada porque é tarde. Nunca é tarde para amar mas eu sei que ela já nao volta. Ela partiu e levou na bagagem o meu coração. Agora por mais vezes que eu me entregue o meu coração estará sempre com ela. Se calhar o problema foi eu ter-me entregado a outra ainda com ela no coração e na mente. Saio de casa. Apresso-me. Vou vaguear sem destino numa rua sem nome onde está tudo abandonado mas em que se nota a presença passada da felicidade. Essa rua é como eu. Já fui tão feliz com ela. Está a chover. Saiu do meu abrigo e lanço-me para a chuva. A chuva faz me doer o coração. É pela chuva que choro. As gotas da chuva caiem na cara e agora estou livre para chorar. Assim ninguém vê, ninguém me julga, ninguém me rotula como aquele te perdeu 3 vezes. Dizem que á terceira é de vez. Não tenho medo da vida. A chuva dói cada vez mais. Entra-me dentro do peito e provoca-me a dor mais agonizante que senti. Sinto tanto a tua falta, agora é tarde para remediar-me. Se pudesse voltava atrás e nunca te largava a mão. Penso. Penso mais. Penso no valor que agora tenho/tens. Vales mais. As minhas atitudes destruíram-me. Tenho a certeza que te amo, cada dia mais e cada dia há um novo episódio na nossa historia, apesar de a historia viver na minha cabeça cada diz dizes de novo que amas. O final pode ja ter acontecido mas eu nunca vou deixar de construir a nossa historia. Um dia vou-te ver, quando a chuva parar e o sol nascer de novo e vou dizer-te que foste a pessoa que eu mais amei, em toda a minha vida.

sábado, 31 de outubro de 2009